A exposição tem 190 obras, de autoria de mais de 55 artistas (Foto: Ares Soares)
Aproximar cada vez mais a arte do público visitante, a termo de que as obras e seus artistas possam ser cada vez mais apreciados e compreendidos. Com esse objetivo, a Vice-Reitoria de Extensão e Comunidade Universitária (VIREX) da Universidade de Fortaleza, por meio da Divisão de Arte e Cultura da Fundação Edson Queiroz, realiza em abril e maio o projeto “Centelhas em Diálogo”. Aberto ao público,
O projeto reunirá no Espaço Cultural Unifor, sempre quinzenalmente às quintas-feiras, curadores e pesquisadores em artes visuais para apresentar e debater a vida e a obra de artistas da exposição “Centelhas em Movimento – Coleção Igor Queiroz Barroso”. “Será um bate-papo com o objetivo de aproximar o testemunha dos autores das obras em exibição”, explica Thiago Braga, patrão da Divisão de Arte e Cultura.
Confira o cronograma e os convidados do “Centelhas em Diálogo”:
- 25 de abril, 19h
“Sérvulo Esmeraldo”, por Dodora Guimarães, gestora cultural e curadora do Instituto Sérvulo Esmeraldo.
- 9 de maio, 19h
“Maria Leontina”, por Victor Perlingeiro, curador e diretor da Galeria Multiarte.
- 23 de maio, 19h
“Leonilson”, por Lucas Dilacerda, curador, crítico de arte e supervisor de teor de curadoria da Pinacoteca do Ceará.
- 6 de junho, 19h
“Lygia Clark”,por Ana Valeska Maia Magalhães, advogada, psicóloga, graduada em artes visuais e professora de História da Arte.
Mostra reúne obras de autores que atuaram no Brasil no séc. XX (Foto: Ares Soares)
Joias da arte brasileira
Após bem-sucedida temporada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a mostra “Centelhas em Movimento – Coleção Igor Queiroz” foi ocasião no último dia 12 de março, terreno natal do colecionador.
A mostra, patrocinada pelo Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, conta com muro de 190 obras de autoria de mais de 55 artistas, abrangendo o período dos anos 1910 aos dias atuais, com foco próprio na arte moderna brasileira.
Em foco, obras de autores que atuaram no Brasil durante o século XX, cujas produções perpassam as diferentes fases do modernismo. Uma exceção a esse grande círculo modernista é a presença da mais antiga peça selecionada para a exposição, a Nossa Senhora da Piedade, pequena estátua de Aleijadinho (1738-1814).
Ao longo da exposição, os visitantes podem respeitar joias da arte brasileira uma vez que a estátua em bronze Ídolo (1919), de Victor Brecheret (1894-1955), e a pintura intitulada Índia e Mulata (1934), de Candido Portinari (1903-1962). Compõem a mostra também obras das célebres artistas brasileiras uma vez que Tarsila do Amaral (1886-1973), Anita Malfatti (1889-1964) e Maria Martins (1894-1973).
O curador Tiago Gualberto ressalta o grande número de obras produzidas entre as décadas de 1950 e 1970 presentes na mostra. “Esse adensamento de produções também reflete um temporário bastante diverso de artistas, além de nos oferecer privilegiados pontos de reparo das maneiras com que os valores modernos foram transformados e multiplicados na metade do século XX”, sublinha.
Destacam-se desse conjunto de pinturas, desenhos e esculturas os trabalhos de Alfredo Volpi (1896-1988), Willys de Castro (1926-1988), Lygia Pape (1927-2004) e Mary Vieira (1927-2001), muito uma vez que produções de Djanira da Motta e Silva (1914-1979), Chico da Silva (1910-1985) e Rubem Valentim (1922-1991).
Os artistas cearenses também estão presentes na mostra, entre eles Sérvulo Esmeraldo (1929-2017), Leonilson (1957-1993) e Aldemir Martins (1922-2006), além de Antonio Bandeira (1922-1967), responsável de “Abstração”, obra-símbolo da exposição.
Na mostra, há ainda recurso interativo tecnológico desenvolvido em parceria com o Laboratório Vortex, da Diretoria de Tecnologia (DTec) da Unifor. O personagem da obra “Cabeça de Mulato”, de Cândido Portinari, foi modelado em 3D, entusiasmado e falará com o visitante da exposição por meio de monitor de TV localizado dentro do espaço expositivo, dando informações sobre o artista e a obra.
O quadro faz secção da Coleção Igor Queiroz Barroso, mas está emprestada para a Bienal de Veneza, na Itália. A iniciativa da inclusão do recurso tecnológico permite que os visitantes possam contemplar, ainda que virtualmente, essa icônica obra do artista brasílio.
A exposição “Centelhas em Movimento – Coleção Igor Queiroz Barroso” é ocasião ao público, com visitação gratuita, das terças a sextas-feiras, das 9h às 19h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h.
Serviço
“Centelhas em Diálogo”
Bate-papo com curadores e pesquisadores sobre as obras da exposição “Centelhas em Movimento – Coleção Igor Queiroz Barroso”
Convidados: Dodora Guimarães (25 de abril – sobre Sérvulo Esmeraldo); Victor Perlingeiro (9 de maio – sobre Maria Leontina), Lucas Dilacerda (23 de maio, sobre Leonilson) e Ana Valeska Maia (6 de junho, sobre Lygia Clark).
Horário: 19h
Local: Espaço Cultural Unifor (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz, Fortaleza-CE)