Um projeto desenvolvido por 20 estudantes de Engenharia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, mudou a realidade de agricultores da comunidade do Alto da Mangueira. Antes, os camponeses mantinham uma agricultura de subsistência. Ao invés de produzir somente feijão e milho, os produtores estão produzindo rúcula, cheiro-verde, urucum (planta que faz o coloral) e até mesmo açaí.
O SusAgri: Agricultura Sustentável faz parte da Enactus, uma organização social que atua no mundo todo a partir de trabalhos de extensão de instituições do nível superior.
Os alunos são dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação, e desenvolveram mecanismos para solucionar problemas de produção dos agricultores da Associação Terra Nova. O grupo contou com o apoio dos professores: Cynara Aguiar, mestre em microbiologia sanitária; Erika Justa, doutora em recursos hídricos, e Franklin Gondim, doutor em bioquímica e fisiologia vegetal.
O trabalho ficou em terceiro lugar no Prêmio Nufarm de Consciência e Ética no Agronegócio de 2016 e está entre os 10 melhores projetos do País pelo Campeonato Nacional de Empreendedorismo Enactus Brasil, que ocorreu no último mês de julho no Rio de Janeiro.
De acordo com os estudantes, os produtores enfrentavam problemas como a falta de água, de energia elétrica e manuseio incorreto de defensivos agrícolas que afetavam diretamente no seu trabalho.
“O terreno tinha inúmeras dificuldades. Não tinha acesso a energia elétrica e pela ausência do serviço o acesso à água era difícil. O solo não tinha muito cuidado e era muito pobre porque os agricultores utilizavam agrotóxicos de forma desenfreada. Só plantavam em período de chuva”, detalhou Vitória Natália, vice-presidente do time Enactus IFCE Maracanaú.
Fonte: Tribuna do Ceará