Do início da gestação ao parto propriamente dito, as grávidas precisam decidir uma série de questões: marcação dos exames pré-natal, seleção das roupas, organização do quarto do bebê, montagem do berço, compra da banheira e itens de higiene etc..
No entanto, é importante lembrar que, para além da aquisição de todos esses itens e das tradicionais fraldas Pampers, é fundamental garantir o bem-estar da mãe e do bebê durante todo esse processo, em especial na hora do parto. É aí que surgem as doulas, parteiras e obstetrizes.
Elas são profissionais com técnicas e conhecimentos práticos, que podem auxiliar a grávida, cada uma à sua maneira, e em alguns casos elas podem atuar diretamente no trabalho de parto. Confira a seguir a diferença entre cada uma dessas profissionais e a sua importância para esse momento tão especial na vida das mães.
Conceito de parteira, obstetriz e doula
Apesar dos ares de antiguidade, especialmente no tempo das nossas avós, a atuação das parteiras continua sendo de grande importância na hora de trazer as crianças ao mundo. Na área rural e em locais com pouco acesso aos serviços de saúde, por exemplo, elas são fundamentais.
A parteira tem condições para realizar o parto, mesmo que não haja nenhum médico por perto, pois ela tem os conhecimentos básicos para fazer esse procedimento, apesar de muitas vezes não ter qualquer tipo de estudo ou graduação na área. A obstetriz, por sua vez, é chamada de “parteira urbana” por ter essa formação.
Sua função é a mesma da parteira, mas essa profissional é graduada no curso de medicina, com especialização em obstetrícia — realizado em instituições de ensino superior e com duração média de quatro anos e meio — tendo conhecimento tanto prático quanto teórico sobre gravidez, parto e puerpério (período pós-parto).
A obstetriz atua em todas as fases da gestação, podendo acompanhar a gestante nos exames de pré-natal e, sobretudo, prestando uma assistência mais humanizada e próxima tanto da mãe quanto do bebê — algo que pode acabar sendo negligenciado por médicos obstetras, até mesmo por conta do excesso de trabalho.
A doula também atua juntamente com a obstetriz no que diz respeito ao atendimento humanizado durante a gestação, mas ela não realiza qualquer tipo de procedimento médico. Sua função é garantir maior suporte emocional à mãe, criando um ambiente de apoio e tranquilidade durante a gravidez e, é claro, na hora do parto.
Importância do parto normal e da atuação dessas profissionais
Está cada vez mais comprovado pela ciência que o parto normal contribui para o desenvolvimento imunológico do bebê, além de gerar menos dores à mulher nas horas e dias seguintes ao parto, o que torna a recuperação mais rápida que a de indivíduos que fazem cesariana.
É importante ressaltar que, mesmo com esses e outros benefícios, a escolha do tipo de parto deve ser considerada pela mãe e pelo médico, levando em conta a existência de alguns riscos para a vida da gestante e da criança em determinados casos.
Fora isso, e tendo a futura mamãe optado pelo parto normal, é interessante avaliar a possibilidade de ter essa equipe conjunta de obstetriz (ou parteira) e doula em todo o período gestacional, como também no pré e pós-parto. Em alguns países da Europa, por exemplo, o parto é majoritariamente acompanhado por obstetrizes.
A atuação dessas profissionais permite que a mãe se sinta mais segura graças ao acolhimento irrestrito, tendo em vista as oscilações de humor, angústias e medos que comumente são sentidos ao longo da gravidez. O reflexo disso é mais bem-estar e carinho para quem está gerando e para quem está nascendo.