A escoliose é uma condição que hoje acomete 4% da população mundial de 0 a 18 anos, segundo a a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são mais de 1,6 milhão de pessoas afetadas.
Em alusão à patologia, no dia 27 de junho é celebrado o Dia Internacional da Conscientização sobre a Escoliose Idiopática.
Mas o que caracteriza a escoliose? Dr. Rômulo Pinheiro, ortopedista e especialista em coluna, explica.
“A escoliose consiste num desvio tridimensional da Coluna Vertebral. É caracterizada por um desvio lateral anormal da Coluna em formato de “C” ou “S” acompanhada de rotação axial das vertebras causando transtornos estéticos e funcionais.”, declara o profissional.
Os “sinais” mais comuns geralmente aparecem na infância ou na adolescência. “O jovem pode apresentar um ombro mais alto que outro ou uma escápula mais saliente. Há casos de pacientes que apresentam a cintura plana de um lado, enquanto outro fica mais proeminente”, detalha.
A condição não tem cura e, muitas vezes, é silenciosa e progressiva. No entanto, existem diversas formas de tratamento. “A principal ferramenta contra essa condição é a informação, o que facilita o diagnóstico precoce, permitindo o rápido encaminhamento para o tratamento adequado”, argumenta Dr. Rômulo.
O tratamento é individualizado e depende de uma equipe multidisciplinar. O tratamento pode ser não operatório em casos mais brandos ou não progressivos e é baseado em exercícios específicos de fisioterapia e uso de coletes ortopédicos. “Nos casos mais graves operamos, fazendo a correção da escoliose. Quanto mais precoce o diagnóstico, menor a chance de realizar uma cirurgia”, encerra o médico.