Quando falamos em zagueiro, logo vem à nossa mente aquela imagem de uma figura sisuda e de pouco papo. Também pudera: dentro das quatro linhas, a responsabilidade de evitar os gols adversários recai, sobretudo, a eles e ao goleiro. Uma falha na zona onde eles atuam pode ser fatal. Porém, fora das quatro linhas, alguns daqueles homens geralmente fortes e altos, com cara de bravo, perdem a armadura e se transformam em figuras dóceis, bem familiares. É o caso do zagueiro Jackson, do Fortaleza.
Há um ano no Leão, o atleta, que é cuiabano e que já atuou por clubes como Internacional-RS, Palmeiras-SP e Bahia-BA se mostra manso e pacato quando o assunto é família. Casado com Ana Flávia Souza, ele tem dois filhos: Miguel, de 7 anos, e Ana Rafaella, de 5. “A Ana Rafaella é a mais levada, não para quieto. O Miguel é mais na dele, mas adora futebol e sempre me acompanha nos jogo. Já o hobby da Ana Rafaella, que ela adora, é ficar fazendo TikTok. Ela se diverte muito e eu também”, brinca.
Nas horas de folga, o xerife do Tricolor gosta de estar perto da família. A pandemia da Covid-19 compromete a possibilidade de fazer passeios pela cidade, então a ordem é usar a criatividade e arrumar distrações dentro de casa. “Em casa, gosto de ver jogos, séries, fazer algumas atividades de descontração com meus filhos e também com a minha esposa. Quando tenho uma folga, levo a minha família à praia, para ter aquele momento de lazer bem íntimo, com a família toda. Desde quando começou a pandemia não fomos mais, mas esperamos poder voltar o quanto antes. Para não perdermos o elo e relaxarmos, a gente inventa diversas atividades e programas dentro de casa mesmo. O importante é estarmos todos juntos e bem”, afirma.
O apoio da família na carreira é um diferencial para Jackson. Em dia de jogo, eles não deixam de comparecer às arquibancadas para torcer pelo pai e esposo. Segundo ele, a presença deles no estádio é uma motivação a mais para vencer. “Sempre tive o apoio da minha esposa e dos meus filhos. Eles sempre vão aos jogos, acompanham pela TV, olham os vt’s comigo. Agradeço a Deus por tê-los em minha vida. Saber que eles estão ali no estádio ou na tv me assistindo me motiva mais ainda para dar o meu melhor. Se não fossem eles, eu não teria conquistado o que eu conquistei”, relata.
Mas nem sempre eles estão juntos. Quando chego em uma nova cidade, Jackson traz apenas a esposa, para resolver as pendências com moradias e outras coisas. Nessa hora, a saudade dos filhos bate forte, mas é sempre por pouco tempo. “Quando vou para um clube novo, levo a minha esposa junto para vermos a questão da moradia, escola das crianças. Assim que definimos isso, os filhos vem em seguida. É sempre por muito pouco tempo, mas é uma saudade que incomoda demais. Não consigo ficar longe da minha família por muito tempo”, revela.
Aqui no Fortaleza o jogador já se sente em casa. A família também. Com eles ao lado e com a tranquilidade de quem se adaptou à Capital cearense, Jackson traça objetivos de fazer uma temporada 2020 com muito êxito e levar o Leão a voos ainda mais altos. “Minha família adora Fortaleza, posso dizer que é a cidade que eles mais adaptaram, e isso me deixa mas tranquilo para exercer o meu trabalho. Com essa tranquilidade que o Fortaleza me proporciona, o foco em novos títulos, em campanhas ainda mais bem-sucedidas só aumenta. Tenho certeza de que ficarei, de forma positiva, na história do Fortaleza”, finaliza.