A cidade de Trairi, no Ceará, será palco do 10º Festival de Dança do Litoral Oeste, que acontece de 09 a 11 de agosto. A primeira noite será dedicada ao lançamento do catálogo Festival de Dança do Litoral Oeste: 10 anos em companhias. Com programação gratuita, nos dias 10 e 11 o Festival recebe, além de companhias cearenses, o grupo colombiano enNingúnlugar, com o espetáculo Las Últimas Cosas, no dia 10 às 22h, e, da Bahia, a ExperimentandoNUS Cia de Dança, com a estreia nacional de Borda Infinita, no dia 11, às 21h. A abertura oficial da décima edição será no dia 10, às 19h30, na Praça da Justiça.
Considerado um dos principais eventos do gênero no Ceará, o Festival de Dança do Litoral Oeste tem como proposta ser uma ação descentralizadora e democrática de circulação dessa arte, priorizando a produção cearense. O fortalecimento do segmento e a democratização do acesso à cultura na Região do Litoral Oeste cearense estão presentes desde a primeira edição do Festival, que é fruto de mais de duas décadas de ações continuadas e permanentes em dança das cidades de Itapipoca, Trairi e Paracuru. Com formação técnica, pesquisa, criação, montagem, mostra e difusão, as três cidades se dividem como sede do Festival a cada ano.
Catálogo e os 10 anos do Festival
Para comemorar os 10 anos do Festival de Dança do Litoral Oeste, no dia 09, a partir das 19h, será lançado o catálogo Festival de Dança do Litoral Oeste: 10 anos em companhias. A publicação reúne imagens e informações que marcaram uma década de realização do Festival de forma compartilhada por instituições e grupos de dança de Itapipoca, Trairi e Paracuru. Há também depoimentos de parceiros e colaboradores. Durante o coquetel de lançamento, que será no jardim da Pousada Lírios do Campo, em Trairi, o Mestre da Cultura / Tesouro Vivo do Estado do Ceará Mestre Moisés se apresenta com a Roda de Coco de Lagoa do Alagadiço.
Programação
No dia 10, após a abertura oficial, o Festival contará com três espetáculos de companhias cearenses. Quem abre a programação é a Paracuru Cia de Dança e a Escola de Dança de Paracuru que juntas apresentam Bolero de Ravel, resultado do trabalho do Núcleo de Estudos Coreográficos da Escola, que recriou o mito da sedução a partir do estudo das obras de Maurice Béjart e Ida Rubisntein.
O público pode conferir, na sequência, o espetáculo Estado de Luta, da Cia Balé Baião de Itapipoca, que já trilha uma carreira de quase 25 anos. Com direção geral e coreografia de Gerson Moreno, este trabalho foi criado com o propósito de dançar para gerar diálogos sobre ser e fazer-se corpo em atuação política. Para isso, partiram das seguintes perguntas: o que é ser corpo oprimido? O que é ser corpo opressor? Como construir corpos em estado de luta frente à opressão?
A atração seguinte é Caiçaras Entre Linhas e Redes, com a Arreios Cia de Dança, de Trairi. A obra é um brinde aos trajetos, buscas e achados das mulheres e homens litorâneos de Trairi, onde o mar faz um convite à contemplação, à pesca, à festa e à reza. Também é uma celebração a resistência caiçara da companhia Arreios e seus 20 anos de atuação. A Academia de Artes Vânia Dutra, de Horizonte, também está no Festival e apresenta o espetáculo O Quebra Cocos.
Quem encerra a programação da noite é o grupo colombiano enNingúnlugar com Las Ultimas Cosas, que tem a direção de Luis Rubio. É uma obra que investiga as necessidades predominantes, incoerentes e caprichosas que o ser humano apresenta ao se deparar com a ideia do fim de sua consciência.
Primeiro dos quatro grupos a se apresentarem na segunda noite do Festival, o Itinerário Formativo de Dança, da Escola de Artes de Sobral, traz o espetáculo Pertenço, obra que conta com direção coreográfica de Rubens Lopes (Fortaleza) e direção dramatúrgica de Gerson Moreno, diretor do Balé Baião, de Itapipoca. De Salvador, a ExperimentandoNUS Cia de Dança faz a estreia nacional do espetáculo Borda Infinita, obra que comemora 10 anos de existência e produção em dança da companhia baiana.
A capital cearense também estará presente no Festival com duas atrações. A primeira é A Rua eh Noiz, da Cia de Dança Katiana Pena, que traduz a periferia em cena, mostrando a gente guerreira dos bairros e favelas sob os refletores da luz do sol e da luz da lua, que iluminam a luta diária e rotineira desse povo forte. A outra é Soluto, da Cia de Dança Ritmo Soul’to, que aborda uma pesquisa desenvolvida onde o principal fio da meada é o café e sua história antropológica, e aborda também a relação entre a química e o cotidiano, fazendo uma metáfora a partir do ingerir. Para encerrar a noite e o Festival, o público acompanha o show dos Tambores Afro Baião, de Itapipoca.
O 10° Festival de Dança do Litoral Oeste é uma realização da AARTI – Associação de Artes Cênicas de Itapipoca (proponente), Associação Dança Arte e Ação e Associação de Dança Arreios de Trairi, em parceria com a Quitanda das Artes. Tem o apoio cultural do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Lei Estadual Nº 13.811), e o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Trairi. Produção: Associação Cênica Difusão Marketing Cultural. Coprodução WM Cultural. Agradecimento: Enel.
SERVIÇO
10° Festival de Dança do Litoral Oeste – De 09 a 11 de agosto em Trairi. Espetáculos nos dias 10 e 11, a partir das 19h30 na Praça da Justiça (Fórum): Rua Fortunato Barroso, s/n – Trairi. Informações: (85)3046.2744 e (85)98162.2847. Gratuito.