Já ouviu falar de ransomware? Quem navega com frequência pela internet, já deve ter conhecido alguma vítima desse crime. Derivada da união da junção das palavras inglesas “ransom”, que significa extorsão ou o pedido de resgate em um sequestro, e “malware”, palavra inglesa para vírus computacional, o ransomware é um crime muito praticado nos meios digitais.
Na prática, o criminoso de ransomware vale-se de conhecimentos computacionais para enviar uma vírus ao dispositivo da vítima. Esse vírus age para acessar o sistema de dados do celular ou computador e bloqueia o acesso. Logo em seguida ao bloqueio, o criminoso entra em contato com a vítima e solicita uma valor para que o dispositivo seja liberado.
Basicamente, ransomware é um sequestro, mas onde o bem sequestrado não é a pessoa, mas sim os dados delas. O sequestro é um dos piores crimes dos quais as pessoas podem ser vítimas. Além de violência física, a violência psicológica derivada dos momentos de terror nas mãos dos sequestradores deixa marcas para o resto da vida.
Ransomware é crime
A atividade de sequestro de dados e dispositivos eletrônicos, ainda que direcionado a um bem não humano, é punida pela legislação penal brasileira. De acordo com o artigo 154-A do Código Penal, invadir dispositivo mediante violência com o fim de obter vantagem ilícita, é crime passível de pena de 3 meses a 1 ano de prisão.
Esse artigo criminaliza o ato de invadir o dispositivo, mas também vale deixar claro que há um crime próprio para aqueles que, após invadirem o dispositivo da pessoa por meio de vírus, solicitam um resgate. O criminoso, nesse caso, estaria incorrendo na prática de extorsão, crime tipificado pela legislação penal no artigo 158.
Para o crime de extorsão, a lei é mais dura. Aquele que constranger alguém, mediante violência ou ameaça, com o objetivo de obter vantagem econômica indevida, poderá ser sentenciado a uma pena de prisão de 4 a 10 anos. Quando a extorsão é decorrendo de sequestro, a pena aumenta para 8 a 15 anos, além de multa.
Como se proteger dos criminosos
É importante deixar claro que a lei tem a função de punir o crime, depois dele ser efetuado. Ela não impede que a prática de ransomware ocorra, apenas diz que quem a fizer será punido. Então, é importante se proteger dessas práticas maliciosas prestando atenção em todo e qualquer sinal que aparecer no seu celular ou computador. Algumas dicas que podem ajudar a se prevenir de ransomware, a seguir.
Faça backup
Salve, periodicamente, os seus arquivos em um lugar acessível por outro dispositivo, como pen-drives, nuvens e serviços de backup. Selecione bem o local de backup, consulte especialistas para saber se é realmente seguro guardar uma cópia dos seus arquivos lá, já que o ransomware pode atingir o local do backup também.
Use VPN
Usar redes privadas para navegar pela internet é outra forma de se manter livre do sequestro de dados, baixe VPN grátis e faça o teste. Os criminosos não conseguem acessar facilmente redes privadas. Por isso, grandes empresas e pessoas com dados informacionais valorosos, usam a tecnologia da VPN para fazer conexões computacionais.
Prestar atenção a extensão dos arquivos
Quando baixamos um arquivo na internet, é normal sair clicando para abri-lo sem mesmo prestar atenção na sua extensão. Devido a essa prática, criminosos escondem vírus de ransomware, arquivos executáveis (.EXE), sob a roupagem de fotos, documentos e arquivos comuns. Assim, ao clicar para abrir uma imagem, na verdade, o usuário está instalando o vírus na máquina.
Desligue seu dispositivo em caso de ataque
Caso perceba que está sendo vítima de um ataque de ransomware, a pessoa deve desconectar imediatamente o computador da rede de internet. Sem acesso à internet, o criminoso não consegue acessar a máquina da vítima. Desligue também o computador, pois pode ser que o programa tente fazer a conexão autonomamente, e leve imediatamente o seu dispositivo a um especialista.