HONG KONG (Reuters) – Uma empresa de smartphones chinesa de cinco anos cujos produtos são pouco conhecidos fora do nicho alta tecnologia está entrando no mercado dos Estados Unidos nesta segunda-feira com o apoio de dois importantes aliados locais: a fabricante de chips gigante Qualcomm e a operadora de telefonia móvel T-Mobile.
A incursão da OnePlus, sediada em Shenzhen, ocorre depois que as operadoras de telefonia móvel norte-americanas AT&T e Verizon abandonaram os planos de trabalhar com a Huawei em telefones de última geração devido à pressão de Washington, que considera a Huawei um risco à segurança nacional.
Mas a aliança da OnePlus, que será anunciada nesta segunda-feira em Nova York, mostra quanto as relações comerciais entre EUA e China, incluindo as que envolvem tecnologias avançadas, estão avançando, apesar da guerra comercial sino-americana. A OnePlus silenciosamente se tornou a terceira maior cliente dos chips de telefonia móvel mais caros da Qualcomm, atrás apenas da Samsung e LG Electronics, de acordo com dados da empresa da Canalys.
Em uma entrevista, o fundador da OnePlus, Carl Pei, se recusou a comentar detalhes dos relacionamentos com operadoras nos EUA. Mas os executivos da T-Mobile farão parte do evento desta segunda-feira e fontes disseram que a empresa venderia os telefones OnePlus. Essas parcerias com operadoras são essenciais para causar impacto no mercado norte-americano.
A OnePlus é incomum entre as empresas de tecnologia chinesas, que normalmente se concentram em produtos de mercado de massa para clientes domésticos. A OnePlus, por outro lado, só vende telefones premium que custam 400 dólares ou mais, quase exclusivamente online e obtém dois terços de sua receita fora da China.
Globalmente, na categoria de celulares acima de 400 dólares, a Apple domina com 43 por cento do mercado, seguida pela Samsung (24 por cento), OPPO (10 por cento), Huawei (9 por cento), Xiaomi (3 por cento) e OnePlus (2 por cento), segundo a Counterpoint.
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